domingo, 16 de janeiro de 2011

Venezuela – Do Mundo Perdido ao Paraíso

15 e 16 de janeiro

Há algum tempo (nem 1 mês!!!! esta é a nossa antecedência de planejamento!!!!) o Ricardo procurava por algum destino para a próxima aventura nas férias. Andava olhando a Venezuela como uma possibilidade, quando os amigos Nana e Emerson indicaram o arquipélago de Los Roques. Os parceiros de muitas indiadas Bruno (Cascata), Mônica, Bruna e Gabriel toparam a ideia e assim iniciou nossa investigação sobre as possíveis atrações, pois, como qualquer viagem planejada por Ricardo e Cascata, nada poderia ser muito simples, ou seja, destino paradisíaco para apenas curtir não serve, é preciso recorrer lugares e cantos e saber de tudo o que se passa com o povo do local...e passar um pouco de trabalho.....ok!!!! O Ricardo pegou algumas informações com o gerente do banco dele, que já havia ido duas vezes para Los Roques e havia gostado muito e até vendeu uns “bolívares fuertes” que é a moeda local atual. Depois de muitos mails trocados e investigações, o roteiro traçado pelos moços organizadores foi – Boa Vista (RR); Sta Elena de Uairén (já na Venezuela), onde percorreríamos a “Gran Sabana”; Parque Nacional de Canaíma (a definir se iríamos para o Salto Ángel) e finalmente; Los Roques (6 noites em um veleiro). Roteiro mais ou menos pronto, passagens de ida (Roraima) e volta (a partir de Maiquetía/Caracas) compradas e veleiro contratado. O resto, definiríamos durante a viagem, ou seja, nenhum hotel, pousada e nem mesmo como faríamos os passeios pela Gran Sabana ou até a Canaíma, onde somente se chega de aviãozinho, mas tudo bem, vamos lá...Passaportes em mãos, carteirinhas da vacina contra a febre amarela em dia e sapatilhas especiais (para pisar em conchinhas e corais) compradas, dia 15/01, com mochilas recheadas de protetor solar, dramin e repelente, saímos para Boa Vista, “grande” capital do estado de Roraima!!!
A cidade é muito pequena, plana, planejada em forma de leque, à beira do rio Branco. Vimos, em uma passada de táxi, alguns poucos atrativos, entre eles o monumento ao Garimpeiro. O pessoal de lá se queixa da demarcação de uma área contínua para reserva indígena, o que obrigou os arrozeiros a saírem do local. Ficamos apenas uma noite no Hotel Itamaraty Palace, bem simples, mas com ar condicionado, café da manhã e boas camas (quarto triplo por R$ 130,00 e duplo R$ 110,00), para partirmos dali para a fronteira com a Venezuela. No dia seguinte contratamos 2 táxis zafira (R$ 250,00 cada), seguindo até Paracaima e depois, Sta Elena de Uairén, nosso primeiro destino turístico. Este trajeto iniciou na planície em que fica Boa Vista com savanas e palmeiras (buritis), lembrando muito o litoral uruguaio. Aos poucos a paisagem foi mudando, apareciam árvores mais altas e alguns morros, a estrada começou muito boa e perto da Venezuela estava cheia de buracos. Há plantações de acácias para produção de celulose. Esta mesma estrada, a BR 174, vem de Manaus e, no trecho até Boa Vista passa por uma reserva indígena onde os carros somente passam durante o dia.
No Brasil várias pessoas falaram que os venezuelanos são fechados e até agressivos; veremos. O trâmite legal na fronteira foi rápido, pois não tínhamos carro particular para registrar e esta fila era bem grande. Tivemos, de cara, uma péssima impressão sobre a segurança no país – três brasileiros que voltavam estavam muito brabos porque haviam sido parados na estrada, na localidade de El Tigre, por gente armada, que os assaltou. E estas histórias não eram poucas. Também falavam sobre um ônibus com turistas com o qual aconteceu o mesmo há algum tempo atrás. A moça que carimbou nossos passaportes avisou para nunca viajarmos à noite e, de preferência nunca sozinhos (1 só carro). Bem, com toda esta recepção, seguimos nos mesmos táxis até Sta Elena de Uairén, que é 15 km distante da fronteira com o Brasil e procuramos o Hotel Michelle – indicado pelo sr. Roberto Marrero, um dos agentes de turismo com quem o Cascata havia trocado muitos mails e que tinha sua casa/escritório quase ao lado.

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