sexta-feira, 31 de julho de 2009

Peak District

31 de julho - Peak District


por Artur,

Hoje acordamos, tomamos um ótimo café da manhã com vista direta à primeira ponte de ferro do mundo! Pegamos o carro e fomos a Chatsworth. Quando chegamos lá, a primeira coisa que fizemos foi subir de pé descalço em uns degraus com água, depois fomos a um labirinto de arbustos super dificil.




Mais tarde entramos na "casa" (mansão) e vimos vários quadros (nenhum abstrato, com exceção de um lá no fim). Saindo da mansão comemos um lanche e logo depois voltamos ao carro e passamos todo o resto do dia viajando. Só chegamos aqui em Penrith pelas 20h e ainda vamos procurar um restaurante para jantar.


por Ricardo,



Neste dia queríamos andar mais na estrada, porque as Highlands escocesas são longe, mas só saímos pelas 9 e tanto de Iron Bridge. Fomos para o Peak District, que é o parque nacional mais antigo da Inglaterra. A área do parque é muito parecida com o parque de Dartmoore, que passamos antes, mas com cerros bem mais altos. Paramos no meio do campo para dar uma subida nos morros também. Como o vento tava forte só foi o Artur, pra gastar uma energia, e o Ricardo pra tirar umas fotos. De cima dos morros as vistas são muito bonitas. Quando não são cerros e cerros e colinas sem fim (nenhum pico muito alto), são as plantações todas quadriculadas com rolos de feno pelo campo e muitas ovelhas.
Passamos por vários vilarejos no caminho. Todos parecem ter muitas casas de aluguel e também B&Bs. Mas são vilinhas muito pequenas e típicas


Pelo interior deste país não deve ter fábrica de tinta. Todos os vilarejos e cidadezinhas pelas quais passamos são de tijolo, ou pedra, à vista. Só se pinta porta e janela.
O Peak District é um lugar muito procurado pelos ingleses para caminhadas e coisa e tal. Uma coisa que chama a atenção é o quanto estes gringos apreciam as caminhadas, ou bicicletadas, pelos campos e trilhas. Tem mapas e revistas especializados em treking. Peguei num B&B e vi numa livraria livros que só falavam disto, com todos os detalhes, inclusive mapas topográficos.
Dentro do Peak Disrict está Chatsworth, que é uma mansão em estilo barroco que foi construída há uns 400 anos atrás pelo duque de Devonshire e até hoje é habitada pelo atual duque, já que este título vai passando de pai pra filho e hoje está na 12a geração. Pra conseguir manter a absurdamente enorme casa, os jardins e uma grande área dela são abertos à visitação (paga, sempre paga). Também é usada para filmagens. Aqui foi filmado "Orgulho e Preconceito" e "A Duquesa", que conta a história de uma das duquesas que viveu aqui.
Todos passamos um tempão andando e brincando pelos jardins e as mulheres ficaram um tempão visitando a casa.





Chegamos a Penrith, na beira dos lagos no norte da Inglaterra, à tardinha e, por sorte, logo achamos um B&B. Bem bom. Antes de chegarmos, a Dé treinou o inglês ligando para os B&Bs que estavam no nosso guia, mas todos estavam lotados.





quinta-feira, 30 de julho de 2009

Bath

29 e 30 de julho - Bath

Saímos de Plymouth abaixo d'água. Uma chuvarada pesada, como ainda não tínhamos pegado. Primeiro uma parada no posto de gasolina para abastecer, isto é, eu mesmo abastecer, e assim será daqui pra frente. Mas esta foi fácil.
Atravessamos o Dartmoore National Park ainda na chuvarada. Uma pena, porque o parque parece muito bonito. Lembrou a região de Ausentes. Até saí do carro para fotografar, abaixo de protestos. Mais molhei a lente e o meu corpinho do que fotografei alguma coisa. Mas tinha que tentar né ...

No meio do caminho pra Bath, a Dé achou no guia um tal lugarejo chamado Cheddar Gorge, e nos tocamos pra lá. É um vilarejo que se formou em torno da fabricação do queijo e dos penhascos e cavernas que tem por ali. Ali nasceu o primeiro queijo cheddar, que era maturado nas cavernas e até hoje tem uma fábrica bem famosa deste tipo de queijo. Fizemos uma visitação na fábrica com direito a degustação. Nada a ver com aquele negócio amarelo ovo podre que a gente compra no super por aí. O gosto é completamente diferente. Compramos um pedaço pra ir entretendo os carrinhos na viagem. A chuva ia e vinha, e quando passamos pelos penhascos, estava na situação de "vinha". Então, só passamos devagarinho pra ver os paredões de dentro do carro.
Chegamos em Bath de noitinha, procurando os B&B (Bread and Breakfast) e nos orientando pelo GPS. Às vezes dá vontade de dar de relho naquela mulherzinha que fica dentro do GPS. Até porque ela sempre tem razão. Os B&B do guia estavam cheios, mas logo achamos outro meia-boca que tinha 2 quartos livres.
Ainda sobrou tempo pra ir ao centro de Bath olhar os tais dos "Banhos Romanos". Aqui tem nascentes termais onde os romanos montaram uma enorme estrutura de banhos, como um SPA, no ano de 73. Com o tempo, tudo foi parcialmente soterrado e há uns 100 anos atrás os banhos romanos foram redescobertos e, após as escavações, foi montado um museu no local, demonstrando o seu funcionamento, inclusive com algumas piscinas termais funcionando (não para uso). Em alguns hotéis funcionam piscinas termais.




Pra quem não sabe, B&B são acomodações dentro das casas das pessoas, que alugam quartos e são administrados pelos proprietários. Alguns são bem simples e outros já tem alguns serviços a mais e parecem um pouco com hotéis e tem outros bem sofisticados. Tem no campo e na cidade. Tem por tudo. Possuem inclusive classificação com estrelas, como os hotéis, em guias especializados.
O nosso, por exemplo, não tinha banheiro em nenhum dos 5 quartos. Cada quarto tinha uma pia. Tinha um banheiro só com chuveiro e pia e e outro só com o sanitário. E o café da manhã era só um pãozinho tostado com manteiga, café ou chá e uma caixa destes cereais de super.
Toda a cidade de Bath é igual. A parte nova e a mais histórica. As casas praticamente não tem diferenças umas das outras e todas são construídas com o mesmo tipo de pedra. A cidade só tem uma cor: bege. Mas toda ela é muito fotogênica, principalmente com sol.
Caminhamos bastante pela cidade de manhã, olhando as construções da parte histórica. O Royal Crescent é um semi-círculo, de uns 200 metros, com uns sobrados, ou melhor,  prédios  com subsolo e mais 3 andares, todos exatamente iguais colados uns aos outros. E na frente um gramadão enorme.



Tem muita coisa sobre a Jane Austen, aquela de "Orgulho e Preconceito", aqui foi onde ela escreveu seus romances de época.
Depois de comprar sanduíches, tomate e frutas para a viagem, nos tocamos para Iron Bridge. Pretendíamos dar só uma passadinha e seguir viagem, mas o dia estava bonito e o lugar também. Então resolvemos explorar mais a cidade e dormir ali. O B&B desta vez era bem melhor e também mais barato. Iron Bridge surgiu da fundição do ferro e ali está a primeira ponte de ferro do mundo. O lugar fica encravado em uma montanha ao lado do rio Dove, é bastante turístico, tem muito sobe e desce, é bem pequeno e é cheio de casas estilo inglês :)






terça-feira, 28 de julho de 2009

Plymouth e arredores

27 e 28 de julho - Plymouth (por Luísa e Artur)

Observação do Artur: achei engraçado quando o pai me traduziu o que o Dimitri disse que quando descobriram Stonehenge davam para os visitantes que vinham martelinhos para tirar um pedaço das pedras e levar para casa como lembrança!

Agora é a Luísa que ta escrevendo.No outro dia fomos para o estado do princípe Charles (Cornwall) e visitamos duas cidadezinhas bem bonitinhas na beira do mar. As duas eram cheias de lombas.












Mas pra chegar até lá tinha umas estradas de duas mãos, com barrancos super altos dos lados e que só dava pra passar um carro e ainda o pai dirigindo do lado errado e a mãe gritando apavorada cada vez que ele chegava perto demais do barranco, foi bem engraçado. E pra ir para a segunda cidadezinha pegamos uma balsa. Depois disso voltamos para casa e o Dimitri serviu caviar (ovas de peixe - xs ) e tomamos champagne, a tia Vi fez frango com molho tailandes e depois fomos dormir (eu e o Artur passamos esta e a noite anterior em um colchão de ar furado, a gente enchia mas esvaziava durante a noite e a gente acordava no chão).

O Artur vai escrever agora. Eu acordei e botei a mão pro lado e senti o chão, a Luísa não tinha acordado ainda e resolvi deixar ela ali quieta dormindo. Me levantei e botei a minha camiseta que a tia Vi me deu de aniversário. Depois fui tomar café da manhã. Quando eu vi aquela mesa cheia, achei muita coisa. Primeiro fomos passear pela cidade, o Dimitri foi um guia de turismo que explicava tudo. Perto de um forte, vimos um canteiro de flores em homenagem aos duzentos anos de Darwin que saiu com sua expedição ali do porto de Plymouth. Depois disso vimos uma piscina com água filtrada do mar.




A mãe achou isso super interassante. Fomos costeando o mar e vimos uma mina naval usada na segunda guerra o pai tirou uma ou duas fotos comigo ali do lado da mina. Aí depois fomos indo um pouco mais pro lado. Eu vi uma gaivota bicando a água e depois uma coisa tipo um peixe gigante saindo dela. Continuamos andando por ali e logo depois voltamos ao carro. Logo depois o Dimitri ia com o pai e a Luísa em uma livraria, e a tia Vi ia com a vó e com a mãe comprar tênis para ela. Eu devia escolher se eu iria para a livraria ou para a loja de tênis. Resolvi ir à livraria para o pai comprar um guia de Bed and Breakfast e pra Luísa escolher um livro para ela. A Luísa não achou um livro que a interessasse e o pai comprou um guia maior do que o esperado. Depois voltamos ao estacionamento que deixamos o carro e fomos a uma loja de brinquedos ali do lado para o Dimitri comprar um presente pra um sobrinho dele que estava fazendo dois anos. Não estávamos achando nada mas no fim o Dimitri comprou um negócio lá de massinha de modelar. Pegamos o carro e fomos comer um lanche numa cidadezinha chamada Noss Mayo. Eu e a Luísa ficamos rindo quando ouvimos o nome da cidade pela primeira vez.


Chegamos lá e fomos comer alguma coisa em um pub. Acabamos de comer e fomos saindo, quando estávamos na frente da janela a mãe viu uma mulher caminhando no rio seco cheio de lama e perdendo o sapato toda hora - Hehe - ficamos um tempão olhando ela. Pegamos os carros e fomos até uma praia quase em um penhasco porque pra chegar nela tem que descer uma lomba gigante que não acaba nunca e depois descer mais umas escadas. Só a tia Vi, a vó e a Olivia não foram porque a tia Vi tava amamentando a Olivia e a vó tava cansada.

Ali na praia vimos muitas algas na areia e também vimos uns adultos e umas crianças jogando criket . Fiquei um tempão ali em cima das pedras olhando para eles para entender um pouco do jogo. No final eu queria ficar um pouco mais ali, mas o pai ficou me chamando até que eu fui. Depois fomos jantar uma lagosta em Plymouth por conta da vó. Eu não gostei muito, mas gostei da pata dela e dos camarões que tinha junto. (Obs. da Luísa: eu gostei, mas não achei nada de mais).

Voltamos a casa da tia Vi e do Dimitri e fomos encher pela última vez o colchão furado. Essa vez a Luísa escapou do colchão e foi dormir lá com a vó. Acordei não tão no chão quanto antes. Ainda fui tomar banho pela primeira vez em Plymouth. Hehe. Saí do banho e fui tomar café da manhã. Logo depois, o Dimitri foi levar a Laura para creche e nós fomos embora.

Observação do Ricardo: Em Plymouth foi tudo muito bom. Dimitri e Viviana nos bajularam todo o tempo. As gurias (Laura e Olívia) estão super bem.
As cidadezinhas litorâneas perto de Plymouth que fomos (Fowey, Polperro e Noss Mayo) são muito aconchegantes e recebem muitos londrinos com dinheiro para o veraneio. Muitas casas para alugar, muitos restaurantes e lojas de artesanato. Uma mistura de Gramado com Jericoacoara ... um pouco sofisticadas e um pouco despojadas. A economia gira em torno da pesca e do turismo. E aquela gurizada brancona tomando banho de mar, de rio e de barro, naquela friagem. E os alegretenses é que são pelo-duro? Entreguei as faixas!
O mais difícil em dirigir do lado trocado, não é propriamente guiar, e sim saber para onde olhar nos cruzamentos e qual o lado da rua pegar, entrar nas rotatórias pela esquerda.... A maioria das ruas aqui são de 2 mãos, só com uma lista separando uma faixa da outra. Eles não sabem quem chegou aqui pra dirigir :)
Andar estes dias todos seguindo o Dimitri ajudou bastante a acostumar.

domingo, 26 de julho de 2009

Londres: o final

24, 25, e 26 de julho - Londres

Os últimas dias em Londres doeram bem menos os pés e o tempo estava bem melhor, com bastante sol e algumas pancadinhas de chuva.

Na sexta a Dé quis ver o palácio de Buckingham novamente, pois com a chuvarada que pegamos no dia anterior não deu pra ver muita coisa além dos homenzinhos fazendo salamaleques na troca de guarda.
Caminhamos pelo parque St. James, rodeados de esquilos e canteiros floridos por todos os cantos, até o palácio e depois atravessamos o Green Park até o metrô para irmos a Covent Garden. Fomos direto ao mercado que tem uma série de lojas arrumadinhas e um monte de restaurantes também. Bem ao lado tem um camelódromo com tudo que é quinquilharia.
Por tudo que é canto tem gente se apresentando. Alguns fazem mágicas, outros piruetas, outros performances variadas. Sempre chamam alguém do público pra participar e todos conseguem cativar o público. Tem bem uma estrutura de espetáculo que demora uns 20 minutos, depois passam a sacola. Não vi nenhuma mulher se apresentando. As crianças gostaram muito das apresentações e sempre era uma oportunidade de sentar (no chão) e descansar os pés.
Almoçamos no mercado em Convent Garden. Comi uma paella com um asseio que faria inveja aos bolivianos. Uns panelões no meio do mercado onde eles serviam e recolhiam o dinheiro (com a outra mão :) . Mas tinha também uns locais mais arrumadinhos pra comer.


A tarde fomos na National Gallery e troteamos por quase tudo. Tinha quadro de tudo que é cabeção. Nos mais famosos como "Os girassóis" do Van Gogh, tinha sempre gente se aglomerando. Mas dava pra ver tudo bem de pertinho, quase encostando o nariz. Deixamos algumas alas pra próxima vez. Tem muita coisa.

Na saída encontramos a Vi e família num café e depois ela e o Dimitri nos apresentaram o Soho. Como já era umas 7 e tanto, duma sexta, tava o povo todo na rua, na frente dos pubs vá beber e conversar em pé. Como os bares e restaurantes fecham pelas 11 horas, um pouco antes do último metrô, a festa começa cedo para os padrões brasileiros e muito cedo para os padrões alegretenses. Os night clubs ficam até umas 3 da matina. Também deixamos pra próxima vez :)
Depois de andarmos bastante pelo bairro, o Dimitri acabou nos levando num restaurante belga. Bem bom.
No dia seguinte fomos de manhã ao British Museum pra ver a Pedra de Roseta, as múmias egípcias e mais um monte de quinquilharia... e como tem. Na recepção uma gaúcha que já está com saudade e vontade de voltar. Pra gente que tá a passeio é tudo bom, mas ela reclamou muito do metrô de manhã cedo com todo mundo se apertando.
Pra gente aqui o transporte é um espetáculo. A Valéria tinha sugerido de andarmos mais de ônibus e menos de metrô para vermos mais a cidade. Fizemos isto no primeiro dia. É bom porque a gente vê a cidade do 2o andar daqueles ônibus, mas o trânsito é muito lento, com ruas muito estreitas para a quantidade de veículos, isto que para andar de carro no centro tem que pagar uma taxa. Mas a tranqueira é tão grande no centro que a gente fica muito tempo no ônibus. A partir daí andamos quase só de metrô. É muito fácil e rápido. No trânsito os motoristas não são nem um pouco agressivos.





Encontramos no museu a Vi e família, passamos no Salisbury, uma rede de super daqui, e fizemos a festa comprando sanduiches, sucos, pão e fru-frus para um piquenique. Daí fomos pro Regent's Park, que segundo a Vi é o mais bonito daqui, nos atiramos na grama pra comer e conversar. Tinha muitos grupos fazendo a mesma coisa inclusive um comemorando aniversário. O parque é pra lá de florido e cheio de recantos.


Na noite ainda fomos comer num restaurante chinês perto do hotel. Eu e a Dé comemos um tal de Crispy Duck.Que é um pato que fica exposto em muitas vitrines de restaurante chinês por aqui, como as televisões de cachorro com galinha aí. É um pato com uma casca, tipo a pururuca do porco. Bem bom também.
Outra coisa que chamou atenção por aqui é que nos restaurantes vendem cerveja de acordo com o tipo do restaurante. Fomos num italiano: cerveja italiana; num grego: cerveja grega; num belga: cerveja belga (as melhores) ; num chinês: cerveja chinesa. E não tinha outras, só as deles. Como o forte da Inglaterra não é a comida, não sei se vamos tomar cerveja inglesa até o final da viagem :)

Domingo era o dia pra pegar o carro. Fui com o Dimitri pegar o carro dele, que estava estacionado na casa de uma amiga num bairro próximo, pra tentar sentir o tráfego uns minutinhos antes de dirigir um carro do lado contrário. Após alguns contratempos com o cartão de crédito, saí dirigindo da Hertz, que ficava perto do hotel. Quando fui engatar a primeira marcha foi que entendi porque o Dimitri e a Vi tinham insistido pra pegarmos um carro automático, mas eu achei que seria mais uma coisa a me adaptar e achei melhor não. Passar as marchas com a mão esquerda, pelo menos no começo, é cruel. Dei umas trocentas batidas na porta com o braço direito pensando em fazer as mudanças.
Mas, fomos em frente, pegamos as tralhas no hotel e nos mandamos para a famosa feira de Camden Town, que ficava um pouco ao norte de Londres. Andando por todo o centrão de carro. A sorte é que eu ia seguindo o Dimitri, aí ficava bem mais fácil. Camden é um bairro cheio de lojinhas de camelô e tatoos, punks, heavy metal e mais um mooooonte de tribos. A feira é a concentração disso tudo com mais barraquinhas de comida, onde tu compra a bóia, recebe num potinho qualquer e te vira pra achar um lugar pra comer. Tinha até feijoada por lá. Comemos sentados no chão na beira do canal que passa ali ao lado. Tem umas mesas comunitárias, mas é difícil achar lugar. O lugar é bonito e interessante por causa da diversidade. Uma fauna indescritível, tinha até cruza de jacaré com cobra d'água. Segundo a Vi, tinha pouca gente por causa das férias. Só imagino quando encher este negócio.




De Camden até a saída de Londres passamos pelo centro novamente e demos adiós para a cidade. Nos tocamos para Stonehenge. O trânsito estava bom para nós, mas no sentindo contrário, vindo para Londres, estava uma tranqueira por causa do retorno do final de semana, já que muitos londrinos tem casa na praia pras bandas do sul.

Em Stonehenge o tempo estava fechadão e com um Senhor vento. Existe um grande círculo marcado em torno do monumento, que tu não podes passar. Então, as pessoas ficam caminhando em volta e olhando. É muito grande tudo e o difícil é tirar fotos sem outras pessoas aparecendo no fundo.
Depois nos tocamos para a casa da família Viviana e Dimitri em Plymouth. A casa é bem grande e coube todo mundo sem aperto.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Londres: o meio

22 e 23 de julho - Londres

Pois é povo, com estas tomadas de 3 pinos daqui não conseguia carregar a bateria do note nem da máquina e já tava apavorado achando que tinha queimado tudo, pois a Valéria tinha me emprestado um adaptador que também não funcionava (acho que tá com o 'fuzil' queimado). Mas daí, não é que o outro recepcionista do hotel é brasileiro, (já não bastava um que sabia português...), e como bom brasileiro já tinha uma manha pra colocar os nossos plugues nas tomadas daqui, sem precisar comprar nada. Daí, fez-se a energia, consegui enviar o mail e seguir fotografando.
Ontem e hoje conseguimos recuperar o tempo perdido; fomos num balaio de coisas.
Ontem fomos à catedral St Paul. A igreja em si já vale, mas subir os 400 degraus e ver a cidade lá de cima vale mais. E que vento, praticamente um minuano.






Indo da St Paul para o Tate Modern, passamos pela ponte do Milenium, aquela que é destruída no início do novo filme do Harry Potter. No Tate, quase perdemos o Artur que queria (e ficou) olhando um mágico de rua por um tempão. O Tate é um predião enorme cheio de espaços de arte, na beira do Tâmisa. Tem obras de todos os grandões, modernosices também e ali conhecemos ao vivo alguma coisa do Andy Warhol, sensação estranha ... é igual ao que se vê nas revistas, não tem mais detalhes ou informações por ser o original, pelo menos pra mim.
Deitamos na grama na beira do Tâmisa pra lanchar. Nós e um batalhão de gente. Deste lado do rio tem montes de turistas caminhando na orla. A gente vai passando por um monte de prédios interessantes, sempre com alguma exposição ou restaurantes, e bastante espaço verde também. Tem gente se apresentando de tudo que é jeito. Fiquei com a sensação que já ia encontrar aquele cara do gato ali do Brique da Redenção, ou o Zé da folha.




A pedido das crianças, fomos no Sea Life, ou Aquário de Londres, e depois na London Eye. Os 2 valem.






Depois de passar pelo Big Ben, acabamos voltando de metrô (tube) pra casa.
A Dezinha já tava melhor e invejou o salmão que a dona Jurema tinha comido no dia anterior e fomos repetir a dose no mesmo restaurante.

Hoje, de novo acordamos cedo e fomos direto para o Parlamento e Big Ben novamente, com pedaços de sol, passamos pela abadia de Westminster e até a igreja Metodista Central , bem ao lado da Westminster,  a Dé achou aqui. Fomos dar uma olhada pra fazer uma média.
Fomos a pé ao Palácio de Buckingham e chegamos um pouco antes da troca da guarda, com um sol jamais visto. Durante a cerimônia da troca, caiu uma chuvarada desgraçada, que tempinho fulero este daqui. Daí, fugimos pra casa. E as fotos, que eu ia tirar depois que a multidão fosse embora, não rolaram. Tivemos que voltar pra casa pra trocar de roupa. Com só um guarda-chuvinha pra nós cinco, deu a lógica: cinco molhados.







Voltamos à ativa com as baterias mais ou menos recarregadas. Atravessamos o Hyde Park, e até esquilo apareceu pra delírio da gurizada. O Artur disse que é o melhor parque que ele conheceu. Melhor até que o parque dos patinhos no Alegrete.
À tarde ainda visitamos o Museu Vitória e Albert. Que enormidade, que estupidez. A Dé leu , há pouco, que tem mais de 11 (onze) quilômetros de museu. Quispetáculo. Eu e as crianças ainda fomos no Museu de Ciências ali pertinho enquanto a Dé e Jurema seguiam percorrendo quilômetros. Na volta, de metrô, ninguém aguentava mais pisar no chão. Os pés estavam achatados, quase com o joelho nos calcanhares de tanto que doía. Dona Jurema chegou, levantou as perninhas e acho que ainda tá lá de pé pra cima. Não quis nem sair pra jantar.
Ah! Ainda depois dos museus fomos na Harrods, uma loja de departamentos pra lá de chique e enorme. Só demos uma passadinha em algumas áreas e já me senti o maior chinelão do mundo, não é que eu não seja, mas não costumo me sentir assim. Tudo num chiquê, as pessoas experimentando sapato de marca e tomando champanhe enquanto isso. Mas, quem comprava mesmo eram as mulheres de burca, e tinha montes delas (as freiras como disse o Artur). As mesmas que a gente via entrando em limusine quando saiam da loja. Sentei num sofazinho pra amolecer os "garrão" e li: "somente para clientes em compra da marca Gucci". Já levantei correndo porque já vinha um louco na minha cola. Alalahaia. Na saída, não é que tinha uma estátua pra princesa Diana e o Dodi, filho do dono da loja, que morreram juntos. E mais ... com um livro pras pessoas deixarem ali sua mensagem para os 2 ... eu mereço ...


A cidade continua muito legal. É tudo plano, a arquitetura é muito diferente da nossa, não tem outdoor com propaganda poluindo a visão e tapando a cidade. Vale a pena caminhar à toa.
Outra coisa que me chamou a atenção foram os cuidados com a segurança. Sempre nos aglomerados de gente, pelo menos onde tem turista, tem algum policial discretamente passando pela multidão e procurando alguma coisa diferente. Nos museus, normalmente temos que abrir e mostrar as mochilas. Na London Eye, depois que saímos, os guardas entraram pra ver se ninguém tinha escondido nada embaixo dos bancos. E hoje, lá na troca da guarda, eu estava andando na frente dos outros e um policial me abordou, pediu documentos e me deu um papelzinho pra dizer que eu já tinha sido entrevistado. Tudo com muita simpatia e cordialidade. Mas com seriedade também. Segundo a Dé, a minha cara de terrorista barbudo, cor de muçulmano e roupa de chinelão eram fortes indicativos.
O tempo melhorou bastante, já vimos bastantes nesgas de sol e continuamos vendo, e sentindo, alguns guascaços de chuva.
E hoje de noite chegou a família Viviana, Dimitri, Laura e Olívia por aqui. Estão num flat a 50 m do nosso. Ajudamos eles com a bagagem e ficamos um tempão por lá. A Laura tá com uma cara preparada. Mais dada impossível. A Olívia, que amanhã faz 6 meses, tá a coisa mais querida. Eles vieram fazer o passaporte da Olívia para irem ao Brasil no final de ano e nos dar uma mão para irmos a Plymouth ... de carro ... aiaiaiai.
Buenas,
Por hoje é só.
Estamos todos bem e nos divertindo.

Kisses and hugs.


Jurema, Artur, Luísa, Débora e Ricardo