sábado, 27 de janeiro de 2018

Recife e redondezas

Dia 27 de janeiro, sábado

Chegando em Recife nos hospedamos no Ibis, pertinho do aeroporto. Tudo em Recife já estava enfeitado de sombrinhas coloridas de frevo para o carnaval, inclusive o hotel e os jovens aproveitaram para jogar um sinuca junto à recepção do Íbis. À tardinha fomos ao centro histórico, onde estavam montados vários palcos e algumas ruas fechadas para o pré-carnaval. Visitamos na Caixa Cultural duas exposições interessantes. Uma delas do modernista Athos Bulcão, muito linda! Ali em frente, no local batizado de Marco Zero, os armazéns do cais foram todos revitalizados, sendo um grande espaço reservado para restaurantes e um pavilhão enorme para o artesanato pernambucano, com peças fantásticas, de todos os tamanhos, preços, cores e materiais. Uma riqueza! Escolhemos uma mesinha na rua, num boteco com música ao vivo para comer uns petiscos e tomar umas cervejas.


Dia 28 de janeiro, domingo

Bem cedo o Ricardo foi ao aeroporto e locadoras próximas do hotel para alugar um carro para irmos os 6, juntos, à praia dos Carneiros. Ficamos com um Fiat Doblô, que foi bem aproveitado. Dirigindo para o sul, passamos por várias cidades, muita plantação de cana, até chegarmos a Porto de Galinhas e em seguida ao nosso destino. O mar estava lindo, mas a areia um tanto suja, com bastante lixo em alguns pontos. Passaram por nós duas charretes, com letreiro “UBER" e um telefone para chamar! Caminhamos bastante pela orla com muitos coqueiros, areia branquinha e acabamos parando no restaurante Beijupirá, um local fechado, com estacionamento a partir da estrada, lindo paisagismo e cercado até a beira da praia. O triste destes lugares que estão muito turísticos é que o acesso ao mar está praticamente limitado a esses estabelecimentos como restaurantes ou casas e condomínios particulares. No restaurante se paga uma taxa para permanecer durante o dia - usando a estrutura de mesas, cadeiras, alguns conseguem espreguiçadeiras. Há um valor de ingresso que é para consumação com comida e bebida. A maré variou bastante durante o dia, pudemos ver os corais aparecerem em frente ao restaurante e também sumirem novamente, formando uma piscininha bonita que era muito convidativa. Em função da variação da maré não tivemos acesso à linda igrejinha, cartão postal da praia dos Carneiros, pois estávamos longe e o mar interrompeu a faixa de areia. À noite fomos novamente para o centro histórico, no Marco Zero, onde jantamos e, depois, para variar, tomamos um açaí.


Dia 29 de janeiro, segunda

Fomos para o centro histórico do Recife procurar algum lugar para aproveitar o pré carnaval, mas apesar das ruas enfeitadas, havia pouca gente ainda naquele final de manhã. Então, resolvemos ir à Olinda passar o dia. Era tanta gente chegando, entre foliões e ambulantes que os táxis quase não conseguiram chegar até o Largo, em frente à igreja da Sé - um dos maiores cartões postais da cidade. Choveu um pouco, mas não estragou nosso passeio, pois aproveitamos o tempo no Museu dos Bonecos Gigantes, bem variado e divertido. Bastante artesanato por ali, em lojas superorganizadas e também em barracas de rua, especialmente toalhas de mesa de fibra de coco, que o Renan comprou para levar para sua mãe. O resto do dia foi de caminhada muito divertida pelas ladeiras alegres da linda cidade. Entre o casario colorido seguíamos, ora uma banda de frevo, ora um maracatu, tomando uma cervejinha ou um "Axé" (bebida suuuuper doce, com ervas e canela, produzida ali mesmo, argh!). No fim, a garrafinha de Axé foi quase rifada, pois mesmo entre seis era difícil beber e gostar....sentamos em um barzinho onde conversamos com um família moradora de Olinda, muito orgulhosa de sua festa. Já à noitinha, comemos acarajés olhando a linda vista do alto da Sé. E depois, descendo para a avenida litorânea, caminhamos até conseguir um uber para voltar ao Marco Zero, jantar e retornar ao Hotel Íbis.






sábado, 20 de janeiro de 2018

Fernando de Noronha

20 de janeiro de 2018, sábado
Avião da Azul às 6h30, com escala em Curitiba, troca de avião em Recife. Às 13h55 (sem horário de verão e com atraso de quase 1h), saímos para Fernando de Noronha. Como o arquipélago tem um fuso horário diferente de Brasília chegamos perto das 16h, depois de um voo de apenas 50min! O pequeno aeroporto da ilha recebe aviões das empresas Gol e Azul. Havia um transfer para nos levar à Pousada das Ilhas Noronha, onde fomos recebidos pela simpática Cristiane. A pousada fica na localidade de Floresta Velha, bem juntinho da Vila dos Remédios. Bem limpa, a pousada é simples, mas tem a estrutura necessária (frigobar, TV tela plana, ar condicionado, camas box), sem café, mas com boa cozinha para que os hóspedes possam preparar sua refeição. A localização é boa, a alguns minutos das praias urbanas, perto da BR, por onde circula o ônibus que leva a praticamente todos os pontos de interesse. Nossa primeira caminhada foi pela Vila dos Remédios até a praia do Cachorro, uma das três praias urbanas (além dela, praias do Meio e da Conceição). A maré estava bem alta, praticamente não havia areia na pequena praia do Cachorro, ficamos nos seixos, junto à saída da grande escadaria que descia até a praia, ouvindo o interessante barulho das pedras sendo arrastadas a cada onda. Por uma pequena trilha costeira, passamos por um gameleiro (enorme árvore de raízes aéreas), muitos mabuias (pequena lagartixa escura que habita toda a ilha e avistamos a Praia do Meio, onde alguns surfistas aproveitavam as ondas. Depois conhecemos um pouco da Vila dos Remédios, fizemos a carteirinha para visitação ao Parque Nacional Marítimo FN, num quiosque da praça Flamboyant e depois jantamos ali mesmo, cada dupla pedindo um prato para compartilhar. Neste passeio caminhamos bastante, subindo e descendo ladeiras, pois a Vila é toda assim, exigindo um certo preparo físico, ou, um buggy, que é uma opção bem comum na ilha. Já na pousada, conversamos com o Kleber, guia que nos foi indicado para as trilhas, afim de planejarmos nossos dias.

(filme do Artur)



21 de janeiro de 2018, domingo
Acordamos cedo e tomamos café num self service bem em frente à pousada - restaurante Tio João (que também tem pousada). Neste dia resolvemos avaliar este café, pois era relativamente caro, mas oferecia omelete, tapioca etc etc e nossa intenção era comer bem pela manhã e depois fazer apenas mais uma refeição grande à noite, para aproveitar os dias nas praias e trilhas. Neste dia resolvemos fazer a parte norte da ilha, para a qual não é necessário estar acompanhado de guia. Caminhamos até o porto, seguindo na BR. Foi um trajeto longo e cansativo embaixo de um sol muito quente, poderíamos ter ido de ônibus. Finalmente, depois de apreciar muitas flamboyants floridas, tomamos o primeiro banho de mar numa água clarinha e agradável, onde havia pequenos tubarõezinhos bem na beira ao redor de nossos pés. No canto direito desta praia, como o nome já diz, fica o porto para todas as embarcações, turísticas e comerciais. Por ali chegam todas as provisões para a ilha, além de carros, caminhões, material de construção etc. Depois caminhamos pelo litoral recortado e seus atrativos, olhando as ilhas secundárias a partir do mirante Air France (onde na década de 1920 os franceses se instalaram para atuar na aviação comercial). Vimos ainda as ruínas do Forte Santo Antônio, a lindinha Capela de São Pedro que fica no cume de um morro, logo abaixo dela o Museu do Tubarão e no mar, em frente, uma formação rochosa conhecida como Buraco da Raquel. As vistas e as cores da água do mar eram de tirar o fôlego. Cansados, ainda caminhamos em direção à Vila, voltando pela BR e pegamos um atalho na trilha Jardim Elizabeth, caminho antigo, feito de pedras, para acesso até a igreja matriz e praia do Cachorro. Inicialmente havíamos errado a trilha e seguido por um matagal onde vimos um bode morto, um penhasco para a praia da Biboca, de areias escuras, alguns mocós (roedores comuns no nordeste brasileiro) e chegamos numa cerca da empresa de abastecimento de água, assim, tivemos de voltar tudo até a BR para achar a verdadeira estrada Jardim Elizabeth. Voltando à pousada, após o banho, jantamos no buffet por quilo Tio João - muito barato se comparado ao café da manhã e, especialmente, para os padrões da ilha como um todo.

Dia 22 de janeiro de 2018, segunda
Café da manhã no Tio João deixou a desejar, hoje faltou tapioca e também alguns outros itens. Às 8h30 saímos com o Kleber em dois buggies, para conhecer as praias do outro lado da ilha e que fazem parte do Parque Nacional, portanto, exigiam a apresentação da carteirinha. O dia estava nublado, eventualmente chuviscava. Inicialmente passamos no Instituto Chico Mendes Bio - ICMBIO - para agendar os passeios das trilhas e praias restritas - que têm controle de número de visitantes por dia, em função do impacto ambiental e, até mesmo, da tábua das marés. Muitas atrações já estavam lotadas nesta semana, então conseguimos agendar somente a trilha "Pontinha - Caieiras" e infelizmente não conheceríamos a Praia do Atalaia, que nos interessava. Em seguida, partimos de buggie, saindo da BR e pegando um trecho de estrada de chão até o mirante da praia do Leão. Neste momento abriu um lindo sol e aproveitamos para fazer fotos da extensa faixa de areia praticamente deserta e do mar azulzinho, com uma ilha centralizada na enseada. Descemos a encosta e caminhamos até um ponto em que o banho era melhor, segundo o guia - justamente em frente à ilha. Na alegria de entrar n'água, o Artur correu mar adentro e nem lembrou do celular, que a esta altura já havia caído de seu bolso, ficando no mar de Noronha. Em seguida uma onda roubou o óculos de sol do rosto da Vanessa e, assim, tivemos, em pouco tempo, os dois incidentes com objetos perdidos da viagem. Em compensação, o mar era lindo, de água muito transparente, incrivelmente agradável. Praticamente os únicos em toda a praia, a sensação era de estar no paraíso. Pássaros mergulhavam bem perto de nós, pescando sua refeição. Retornando aos buggies fomos conhecer o ponto mais oriental da ilha - nas ruínas do Forte de São Joaquim do Sueste e também o mirante para a baía do Sueste, onde um forte chuvisqueiro nos pegou. Depois disso trocamos de guia, pois o Kleber já havia assumido compromisso com outras pessoas. Nosso novo guia, Wilker, assim como seu amigo Kleber, nos explicava coisas sobre a ilha, curiosidades da natureza, características do clima etc. Estávamos entrando na temporada das chuvas, que inicia em fevereiro e vai até agosto. O resto do ano é muito seco. Há duas épocas definidas também para as características do mar - mais agitado e turvo em dezembro, janeiro e fevereiro (bom para o surf) e ainda mais clarinho e parado em setembro (quando os mergulhadores preferem vir em função da visibilidade). A principal tarefa do Wilker foi nos levar num mergulho de snorkel pela baía do Sueste, entre os corais. Fomos todos alugar coletes e nadadeiras - itens obrigatórios para não pisar nos corais - além de algumas máscaras. Ali a fauna marinha é muito variada, dizem os guias que encontrar tubarão é "sorte". Depois de nadar bastante e com algum apoio de uma boia levada pelo guia, chegamos à parte dos corais com mais animais e vimos diversos peixes, lagostas e uma tartaruga. Infelizmente havia nublado e a visibilidade não estava muito boa. Muita gente fazia este mesmo programa, alguns sem guia (não é exigido no local), mas concluímos que teríamos visto bem menos coisa sem a orientação do Wilker. Depois disto conhecemos a praia do Sancho, somente do mirante, não descemos na praia, pois queríamos deixar um tempo maior, noutro dia somente para aproveitar esta que foi eleita recentemente, no Trip Advisor, a mais bonita praia do mundo. O Wilker nos explicou que na época das chuvas há uma cachoeira que cai na praia, o que deve ser muito lindo. Mesmo assim, os tons de azul da água impressionam e a vista, de cima dos penhascos e das passarelas em que estão os mirantes é maravilhosa. Caminhando um pouco adiante na passarela, tivemos mais uma visão fantástica - a Baía dos Porcos com os famosos morros Dois Irmãos, ícone de Noronha. Ali ficamos bastante tempo a fotografar. De volta aos buggies, rumamos à praia do Boldró, passando pela vila de mesmo nome e que conserva construções norteamericanas, em formato de iglu, da época da Segunda Guerra. Ainda junto a este povoado e frente ao mar, há uma casa em que os americanos construíram, em 1957, já na época da Guerra Fria, um posto de Observação de Mísseis Teleguiados. No Boldró também estão a Usina Termoelétrica Tubarão, a sede do Projeto TAMAR e a sede do IBAMA. Na praia, o Artur deu um rápido mergulho, sob algum protesto do Kleber, pois havia fortes ondas. Nosso próximo percurso incluiu a praia da Cacimba do Padre, palco das competições de surf, a partir de onde caminhamos por sobre pedras no canto esquerdo a fim de acessar a Baía dos Porcos. É muito diferente a visão dos Dois Irmãos a partir da praia. A maior beleza realmente é avistada do mirante, uma visão superior que valoriza o azul da água do mar. Ficamos algum tempo por ali, em uma pequena piscina natural, mas a maré já subia e começou a afastar os banhistas da piscininha. A Vanessa e o Artur aproveitaram para cochilar na sombra das rochas e em seguida retornamos aos buggies para encerrar a tarde na praia do Bode, onde tomamos um ótimo banho de mar e depois nos posicionamos na Pedra do Bode par acompanhar o por do sol. De volta à pousada, tomamos banho e saímos com um dos buggies (o outro o Wilker levou) para uma das palestras do ciclo oferecido pelo Projeto Tamar sempre as 20h. Neste dia ouvimos José Martins, analista ambiental gaúcho, de Taquari, que criou o projeto Golfinho Rotador e mora há 29 anos na ilha, discorrer sobre "a Vida em Noronha". Nos surpreendemos com várias informações, como o subsídio governamental para bens de consumo na ilha, a geração de energia quase que totalmente por diesel, a dificuldade na separação de resíduos, a dessalinização de toda a água para consumo e outras questões que desanimam a gente. Jantamos numa boa pizzaria que fica bem pertinho do centro do Tamar e que tem transfer para as pousadas. Isto ajuda bastante, pois os ônibus à noite não são muito frequentes.

Dia 23 de janeiro, terça
A trilha do Piquinho para ver o nascer do-sol não saiu, devido à chuva. Ficamos até tarde na pousada e depois de fazermos o café, caminhamos até a Praia da Conceição, que é a maior da ilha e bem fácil de acessar a pé da nossa pousada. As ondas são muito boas e muitas pessoas ficavam na areia, com guarda-sóis, aproveitando barracas de bebidas e petiscos. O Artur alugou ali uma prancha de surf e caminhou até a praia do Meio, onde o Ricardo conseguiu pegar boas fotos do nosso surfista. Depois de belos banhos e descanso na Conceição, tentamos almoçar no restaurante Jacaré, que fica no caminho de volta para o centrinho, mas ele estava fechado. Almoçamos na Mãezinha, que fica na rua principal da vila. Dali seguimos para a praia do Cachorro, onde a maré estava mais baixa do que no primeiro dia em que estivemos, assim, pudemos caminhar até o “Buraco do Galego”, O lugar é bem conhecido, ali as pessoas escalam as rochas até um ponto em que é possível se atirar dentro de uma fenda que fica coberta pela água do mar. Vimos um polvo que ficava tentando se esconder entre as pedras e muitos caranguejos. No sobe e desce da Vila, andamos até o Forte dos Remédios, conhecendo suas ruínas, avistando as prais de Santo Antônio e do Porto para um lado e para o outro a Praia do Cachorro, do Meio e Conceição, com o característico Pico, além da Vila com a igrejinha branca. Apreciamos dali o pôr-do-sol. À noite comemos umas pizzas no restaurante Muzenza, ao lado da igreja, muito simples e agradável, com música ao vivo e ao ar livre. Foi um dia de muita caminhada!

Dia 24 de janeiro, quarta
Fizemos nosso café da manhã, bem completo na pousada e depois seguimos pra uma das principais atrações da ilha: a Praia do Sancho. Fomos de ônibus, fazia muito calor, a trilha é consideravelmente grande, mas bem ajeitada, com passarelas em deck de plástico reciclado a partir do posto com lojinha (onde se paga ingresso)
Fizemos primeiro a trilha de acesso à Enseada dos Golfinhos, onde se chega por cima de um morro, e existem postos de observação e identificação dos golfinhos. Falamos com uma voluntária do ICMBio que fica por lá e oferece binóculos para observação. O caminho é feito por uma passarela de plástico reciclado imitando madeira, tanto nesta enseada como depois, ao chegar na Praia do Sancho. Mas da enseada até a praia do Sancho, caminhamos por uma trilha de terra, sempre por cima de penhascos e avistando as prais lá embaixo. Muita beleza! Chegando por cima, após apreciar a linda e azul baía do Sancho, descemos uma escadaria estreita, construída na fenda das rochas e depois mais outra, na encosta do morro, para descer até a praia. O mergulho de snorkel ali é um dos melhores – água limpinha, cristalina, vimos peixes e tartarugas. Na sequência, saímos do Sancho e voltando a pé pela estrada poeirenta pegamos carona na garupa de uma camionete e fomos até a praia do Sueste de onde começa a Trilha dos Abreus. Caminhamos bastante pela Trilha dos Abreus, nas encostas, avistando o mar de longe e de cima, a trilha não é difícil, mas não tivemos permissão de descer até a praia e também já estava acabando o dia. Na volta à vila, comemos açaí com cupuaçu no Açaí Raízes. Depois do banho mais uma vez assistimos uma palestra no Tamar, desta vez, sobre os golfinhos rotadores, que foi bem bacana. Jantamos na pizzaria próxima do Tamar, com transfer que nos levou novamente para a pousada.

Dia 25 de janeiro, quinta
Dia de passeio de barco – vieram nos pegar na pousada para embarcarmos na praia do Porto. O dia estava bonito, Ouvimos o “Ronco do Leão”, que é o nome dado ao barulho das ondas do mar quando batem numa caverna na encosta. Dezenas de golfinhos cercaram o barco e fizemos filmes e fotos ótimos! O barco foi até a praia do Sancho, onde tivemos  oportunidade de mergulhar novamente, desta vez,  mais no fundo e vimos muitos peixes coloridos e tartarugas. Os snorkels foram sempre imprescindíveis para apreciar as belezas do fundo do mar.  Almoçamos no restaurante supertradicional e movimentado Valdênio – excelente, com sucos ótimos. Dali saímos para fazer a trilha Pontinha Caieira, com o guia Kleber. A trilha é lindíssima, com a maré baixa exige que se caminhe um longo trecho sobre rochas na beira do mar e oportuniza banho em umas piscinas rasas e clarinhas, cheias de vida – acompanhamos muitas moreias e polvos, sendo um deles bem grande, bem de pertinho, foi muito legal!  Batemos ponto no açaí (com mix de cupuaçu) que acabou virando o lanche perfeito após as caminhadas, depois tomamos banho e fomos jantar no Muzenza, mais uma vez.

Dia 26 de janeiro, sexta - aniversário da Débora
As 5h os mais corajosos e dispostos, leia-se, todos os meninos e a Luísa, acordaram e saíram caminhando em direção à pousada Teju Açu onde encontraram o guia Kleber para escalar o Piquinho. Esta formação, bem menor, ao lado do famoso "Pico" é relativamente fácil de acessar e oferece uma linda vista de toda a ilha. Pelas fotos e relatos sabe-se que a parte de rochas a vencer é considerável e íngreme, mas quem foi diz que valeu a pena. Após o café da manhã e um descanso dos aventureiros, nossa opção para o dia neste finalzinho de estadia no paraíso foi mergulhar na praia do Porto. O objetivo era ver o naufrágio do navio grego que está ali desde 1929, tendo afundado por completo em 1946. Pegamos um ônibus até a praia e ali mesmo alugamos coletes salva vidas e máscaras. Munidos de duas câmeras para fazer imagens subaquáticas, logo na saída acompanhamos uma tartaruga, identificada com as anilhas do Tamar, pertinho da praia. Nadando mais para o fundo e sempre respeitando a marcação das boias para o trânsito dos barcos que chegam ao Porto, depois de uns 30 minutos chegamos ao naufrágio, que apesar da visibilidade não tão boa nesta época, pode ser visto mesmo quando se flutua. Havia dois grupos de mergulhadores na região, eles, lá embaixo, nem nos viam. As filmagens do Artur passando por dentro do navio, com cardumes de peixes ficaram ótimas. Lá pelas tantas começamos a ouvir ao longe, mas cada vez mais alto, sons de golfinhos e vimos vários grupos deles nos cercando, nadando muito rápidos, de repente, alguns passaram bem pertinho de nós, foi algo maravilhoso, conseguimos vê-los por cima d'água e também mergulhando a alguns metros. Um presente de aniversário! Voltando a nado para a praia, um tubarão, com mais de um metro e meio, provavelmente, nadava tranquilo ao redor de um cardume lá do fundo, enquanto nós apurávamos para chegar na areia. Já na praia, a tartaruga ainda passeava no rasinho e também uma dezena de pequenos tubarões entre as pernas dos banhistas curiosos com suas câmeras e máscaras. O Artur ainda viu uma enorme arraia ali na beirinha. Comemos um lanchinho, tomamos uma caipirinha e dali, fomos de ônibus para a paia do Cachorro, onde tomamos um banho de mar perfeito para encerra bem o dia. A janta de comemoração do aniversário foi no restaurante Cacimba, bem na parte histórica da Vila dos Remédios. Desfrutamos de pratos muito bons e ambientação bem bacana para fechar em alto estilo nossa estadia em Noronha!

Dia 27 de janeiro, sábado
Neste último dia preferimos ficar por perto, então caminhamos até a praia da Conceição onde tomamos banho de sol, nadamos e pegamos umas ondas. O tempo sempre nos ajudando, havia um lindo sol. Almoçamos no buffet do tradicional e bom de preço, restaurante Jacaré e depois voltamos para a pousada a fim de arrumar as bagagens para a despedida da ilha. Pegamos dois táxis para o aeroporto. O avião da Gol partiu com atraso, mas o voo foi tranquilo e vimos belos cenários do arquipélago.