terça-feira, 25 de julho de 2017

Cartagena

Dia 25 de julho, terça


O voo desde Bogotá atrasou meia hora. Ao chegarmos em Cartagena de Índias, imediatamente sentimos a enorme diferença de temperatura, a noite estava abafada, úmida. Os casacos foram abandonados. O Cartagena Hostel by HMC revelou-se suuuper simples e bem localizado. Tínhamos um quarto (para seis pessoas, mas que reservamos com exclusividade), banheiro compartilhado e o básico: wifi e ar condicionado. Logo que deixamos as mochilas no quarto, saímos para comer uma pizza e tomar cerveja na pequena Plaza de la Trinidad, que fica a uma quadra do hostel e estava bombando. Muita gente jovem, de todas as bandeiras, alguns locais exibindo performances de danças, entre eles um "Michael Jackson" muito bom. No caminho para a praça já percebemos o quanto o lugar onde estávamos (Getsemaní), na cidade amuralhada, é especial, com a arquitetura espanhola, balcões de madeira coloridos e a arte de rua acrescentando mais cores à paisagem com criativos grafittis.

Dia 26 de julho, quarta

O ar condicionado precisa ficar ligado ininterruptamente para que se aguente o calor! Café da manhã muito básico, mas incluído na diária e, como em todo hostel, você lava sua louça. Saímos para ver o centro histórico, ou, cidade amuralhada. Logo no início, perto da entrada principal da cidade amuralhada, contratamos o sr Fernando como guia e passamos 2 horas com ele, que nos contou a história de Cartagena e, consequentemente, dos vários prédios, religiosos ou não, que fazem parte dela. Vimos igrejas e casas cujas paredes foram erguidas com pedras e recheadas de areia e muito coral. Esta parte histórica de Cartagena, especialmente o Centro e Getsemani, com sua arquitetura espanhola, lembra muito Cuba, apenas tem bem mais tinta nas paredes e muito mais construções restauradas. Algumas construções não foram exatamente restauradas, mas reformadas e modificadas, como o lindo prédio que hoje abriga um hotel 5 estrelas. Todos eles, sem exceção, possuem um maravilhoso espaço de pátio interno. Existem também inúmeros hotéis boutique, lojas de artesanato, cafés e joalherias elegantes. Na Universidad de Cartagena nos despedirmos do sr. Fernando, depois ainda caminhamos um pouco e resolvemos almoçar no famoso restaurante Espíritu Santo, muito bom, com menu reduzido e alguns pratos ou acompanhamentos típicos como os patacones (pedaços de banana arredondados, achatados e fritos) ou o arroz de coco. Tomamos um café no caminho para o hostel, pois o calor estava dando um soninho e baixando a pressão. Enquanto a Débora curtia o ar condicionado no quarto, os meninos aproveitaram para conhecer a praia de Bocagrande, com bicicletas que alugaram. Ao final da tarde as crianças e jovens circulando com os tradicionais uniformes escolares de saias xadrezes pregueadas, meias altas brancas ou calças e saias cáqui para os adolescentes também lembravam muito Cuba. Jantamos hambúrgueres depois de caminhar mais pelo centro, assistir apresentações de dança típica em algumas praças e um bar muito animado de salsa chamado Donde Fidel, em que os colombianos se divertiam.


Dia 27 de julho, quinta

Estava tudo combinado: acordar às 8h, tomar banho e café para esperar a van do tour contratado às Islas do Rosário e Playa Blanca (custo do passeio, com almoço, reservado no próprio hostel: 70.000 COP por pessoa). Houve apenas um problema: ninguém ouviu o despertador e às 9h nos acordaram com batidas na porta dizendo que o grupo turístico nos esperava. Foi uma correria, mas incrivelmente não esquecemos nada. Do porto, ao lado da praça do relógio, saem várias lanchas para este mesmo passeio. É tudo bem organizado. Saindo de Cartagena vimos uma bonita fortificação, chamada de Fuerte de San Fernando e que protegia a entrada da baía. Foram quase 2 horas de muito vento e barulho de motor até o arquipélago, que é uma reserva natural e conta com um Oceanário numa das ilhas. Nós preferimos fazer o mergulho de snorkel para ver a fauna ao natural. Tudo se paga a mais - o Oceanário tem ingresso e o mergulho também! Foram mais 30.000 COP por pessoa, na verdade, como havíamos levado 2 snorkel, dois de nós pagaram 25.000 COP. ficamos ali uma hora, entre peixes coloridos de vários tamanhos e corais diversos. Muito lindo. Mais meia hora de lancha e chegamos à Playa Blanca, onde também almoçamos um prato feito de peixe (o peixe inteiro frito eles chamam de mojarra), arroz branco ou de coco, batata, patacón (banana amassada e frita) e salada, com limonada. Havia opção de frango também ou, ainda "vegetariano", com ovo. Aqui sim é que tudo se cobra. O pessoal da ilha vive dos turistas, então, vendem bijuterias, massagens, penteados de trancinhas, bebidas, sorvetes, frutas, alugam as barracas com cadeiras etc etc. É preciso se cuidar para não aceitar uma massagem anunciada como "presente" que depois será cobrada. Vale levar bebida e lanchinho, pois tudo é caro. A água custa o mesmo preço da cerveja. O mar é verdinho e de temperatura bem agradável, havia alguns pedaços de plantas, mas não chegavam a incomodar. O que incomoda mesmo, são os jet ski passando entre os banhistas, para oferecer o aluguel. Em resumo, é uma praia linda, super explorada turisticamente, não é lugar de sossego. Retornamos depois de 1hora e meia de praia e a van nos deixou no hostel. Após o banho saímos para tomar um sorvete no centro e caminhamos pelo bairro de San Diego. Resolvemos jantar perto de "casa", porque mais tarde queríamos conhecer o famoso Cafe Havana, onde tomamos um daiquiri fresa e um mojito maracuyá, mas estávamos muito cansados e não conseguimos esperar o show, que inicia às 22h30. Combinamos de voltar para o show no dia seguinte. O lugar é bem bacana e reverencia os músicos cubanos com sua decoração e fotos dos lendários cantores pelas paredes.

Dia 28 de julho, sexta

Tiramos o dia para caminhar pelo centro histórico, observando os prédios coloridos, as flores em trepadeiras, as praças bem cuidadas. Em função do enorme calor, íamos entrando em lojinhas, artesanatos - somente os que tinham ar condicionado. Pelas 13h resolvemos comer um ceviche, já que a fome não era muita e a fama do prato na cidade era grande, com várias indicações de estabelecimentos especializados. Acabamos entrando em um restaurante bonitinho, sem olhar o cardápio previamente, e ficamos encantados com a qualidade e a apresentação do ceviche servido, acompanhado de limonada de coco. O preço é que foi beeeeem salgado, mas valeu a pena! Fizemos reserva por telefone para uma mesa no Café Havana, e nos informaram que deveríamos chegar até 22h30, caso contrário, abriam mão da reserva. À tarde, na estilosa e pequena lancheria Prispri, superindicada em alguns blogs, paramos para comer pan de bono - parecido com nosso pão de queijo, delicioso, suco de guanábana (ótima), já a tradicional água de panela não agradou muito, parecia um suco com caldo de cana, mas aguado. No centro histórico, algumas pessoas passeavam de carruagem, muito colonial. Chegamos ao Café Havana às 22h15. O ambiente foi lotando rapidamente e, quando o show começou, estava tomado de turistas em pé, muita gente dançava acompanhando o conjunto. Foi muito bom! Tomamos uns mojitos e cervejas e fomos embora.

Dia 29 de julho, sábado

Pela manhã conhecemos o castelo San Felipe Barajas, maior fortificação militar espanhola nas Américas. Poderíamos muito bem ter ido a pé - pegamos um táxi achando que ele poderia subir até o topo do forte que enxergávamos ao longe - mas...que nada! O táxi andou poucas quadras e já anunciou que só poderia ir até ali. Bem, pelo menos, antes, vimos a escultura das "Botas Velhas", que fica num largo atrás do castelo. O calor era imenso, havia fila para comprar ingressos e a Débora pagou meio ingresso por ter a carteirinha de "maestra" 😊. O forte é realmente enorme. Muitos patamares aos quais se tem acesso por largas rampas. Há túneis que ligam diferentes alas e hoje o castelo fica dentro da cidade de Cartagena, sendo possível avistar o centro histórico e também a orla com os enormes edifícios. Muitos grupos de turistas e também estudantes visitavam a fortaleza. O calor castigava, fizemos a visita em 1h30min. Depois pegamos um táxi para o centro histórico onde caminhamos atrás de algumas lembrancinhas, fazendo fotos bonitas, conversamos com um indígena tairona, que vendia bolsas na rua. Ele deu dicas sobre a Sierra Nevada - lugar que está na lista do Ricardo para próximas viagens! Resolvemos comer no muito falado Crepes e Waffles - uma maravilha de lugar e de comida. Ao final da refeição subimos ao terraço do restaurante para avistar os edifícios e a catedral de cima, uma linda vista para nos despedirmos de Cartagena, essa cidade colorida e tão viva. Ainda passamos na loja do Museu de Arte Moderna (o museu estava fechado) para adquirir mais um souvenir e depois, caminhamos até o nosso hostel, onde acomodamos as comprinhas na mala e nos organizamos para as 24h (!!!) de viagem. No aeroporto ainda tomamos um último café no Juan Valdéz. A viagem foi longa: Bogotá, Fortaleza, São Paulo e finalmente, no domingo às 19h30, Porto Alegre.


sábado, 22 de julho de 2017

Bogotá


Dia 22 de julho, sábado

Dia de muita viagem! Acontece com quem nunca sabe se vai ter folga em julho ou não: compra passagens mais caras, com várias escalas e muita espera entre um trajeto e outro. No nosso caso, sempre topamos. Quem viajou desta vez foram o Artur, o Ricardo e a Débora. O Artur, um dia depois de fazer 18 anos, já não precisaria mais passar pelo guichê da migração com os responsáveis. Saímos de Porto Alegre às 7h. As escalas foram no Rio de Janeiro e em Fortaleza. Somente à noite chegamos na capital da Colômbia. Na zona rosa, onde nos hospedamos, o movimento em barzinhos e restaurantes era enorme, gente no meio da rua, conversando, bebendo, parados em frente a casas noturnas.











Dia 23 de julho de 2017, domingo 

Esta parte da cidade em que ficamos tem sido muito indicada para turistas se hospedarem, em função de ter muitos hotéis, ser muito limpa, agradável e ter uma vida noturna intensa. No café da manhã à la carte, o garçon oferecia alguns "tipos" de menus definidos e a pessoa escolhia. O Artur pediu seu menu com um café "tinto" que é como chamam o café preto, sem leite. A avenida em frente ao hotel se transforma em ciclovia aos domingos, como boa parte das vias do bairro. Há calçadões e acessos para pedestres e ciclistas em canteiros muito arborizados, um paisagismo bem bacana na região. É um modelo da nova Bogotá, que pretende oferecer mais áreas de convivência e lazer. Caminhamos bastante e depois, em meio a um chuvisqueiro, pegamos um Transmilênio, famoso ônibus articulado que circula nas avenidas principais, com paradas específicas, escoando o movimento de norte a sul a partir dos outros ônibus menores, que vem de vias alimentadoras, dos bairros. O centro da grande cidade revela a pobreza, a sujeira, o desemprego contra os quais os colombianos ainda lutam. Por outro lado, evidencia o passado de grandes obras arquitetônicas e a riqueza cultural dos povos originários, que se apresentam como artistas de rua, vendem suas iguarias e artesanato. Fomos ao concorrido e excelente Museu do Oro, que é extraordinário e visita obrigatória na cidade! Não se consegue imaginar a quantidade e variedade de peças expostas no local. A habilidade na ourivesaria, o que ela revela sobre cada cultura, a organização do museu, enfim, tudo justifica as 5 estrelas recebidas pela atração. Em seguida caminhamos até a enorme Plaza Bolívar, ocupada por bandos de pombos e edifícios imponentes - visitamos a parte externa da Assembleia Nacional, com suas inúmeras colunas. A fachada da enorme catedral, que também fica na praça, estava sendo limpa. De volta ao hotel, tomamos banho e caminhamos até a filial do pitoresco bar/ restaurante Andrés Carne de Rês. A decoração criada a partir de inúmeras peças de diversos estilos e os 3 andares (Purgatório, Inferno e Céu) são curiosidades que acabaram fazendo a fama do lugar, que tem sua origem nos arredores de Bogotá e onde ainda funciona, sempre com lotação garantida. A música boa e animada, ao vivo, com pista de dança, também é um diferencial, que traz muito público. 
















Dia 24 de julho, de 2017 - segunda 
Dia de comer banana! De vários jeitos .... 

Hoje depois do café no hotel, pegamos um ônibus azul para Paloquemao, um enorme mercado de comidas, flores, frutas, carnes, peixes, enfim, de um tudo, fresquinho e típico. Vários turistas circulam por lá para conhecer as frutas diferentes da Colômbia. Logo ao chegarmos paramos em uma fruteira bem sortida e um simpático colombiano nos mostrou e ofereceu diferentes sabores. Provamos de quase tudo, também comemos fruta do conde. Depois, passeando pelos corredores estreitos, perfumados de temperos e coloridos, ainda compramos chips de plátano e bananinhas nanicas para ir comendo. Tudo é bastante limpo e bonito. O setor das flores ainda estava com a maioria dos estandes fechados, mas pudemos ver alguns dos exemplares das famosas e grandes rosas colombianas. Na saída nos chamou a atençäo uma banca de ervas aromáticas e medicinais denominada "El trunfo de Pablo", que fazia propaganda de uma milagrosa pomada feita de marijuana e coca (!). Para seguir dali até o teleférico que nos levaria ao cerro de Monserrate, pegamos um táxi, já que os ônibus estavam demorados e o táxi é barato. Nestes dois dias em Bogotá vivemos vários climas: rapidamente passava de sol e calor para nublado, frio e com chuvisqueiro fino. Foi assim manhã e tarde. A fila para subir de teleférico ao Cerro de Monserrate era imensa, foi quase 1 hora esperando. Este é um ponto turístico muito importante, todo turista que visita Bogotá sobe ao Monserrate. O antigo teleférico tem uma subida bastante íngreme do morro, que pode ser acessado a pé, mas é muito desgastante, normalmente esta caminhada é feita por fiéis peregrinos na data de devoção à santa. Lá no topo do monte, além da grande igreja branca, há dois restaurantes luxuosos, um poço dos desejos, um jardim muito bem cuidado, além de um centro de artesanato e comidas bem popular. O Ricardo não se conteve e pediu uma banana frita recheada com queijo e goiabada e uma cerveja Club Colombia. Milagre não ter pedido a típica Bandeja Paisa (prato de vários carnes, tudo frito em muita gordura). Depois de um tempo observando a enorme capital de cima, descemos - os meninos a pé, pela estrada, e a Débora, tranquilamente pelo teleférico. As pessoas circulam de guarda-chuva, que também serve de sombrinha e os carrinhos de bebê todos tem uma capa de plástico transparente para aplacar o chuvisqueiro. Conhecemos a livraria no Centro Cultural Gabriel Garcia Marques, ali ao lado mesmo sentamos no café Juan Valdéz. Depois ainda visitamos o Museu Botero com suas simpáticas figuras gordinhas e fomos surpreendidos por vários arco-íris, pudera, com tantos eventuais chuvisqueiros e vai e vens do sol....Perto dali ainda visitamos uma exposição do fotógrafo Cartier-Bresson. Para voltar ao hotel pegamos um taxista engraçado, que falava muito e rápido. Ele nos mostrou uma avenida cheia de mariachis, vestidos a a caráter, que ficam nas calçadas esperando, abordando carros, em grupo, para serem contratados para festas, homenagens, serenatas. O taxista também nos explicou sobre o funcionamento do Transmilênio, que circula nas maiores avenidas, pegando o pessoal que vem com os ônibus menores, os alimentadores, provenientes dos bairros, Na janta saímos caminhando pelas redondezas do hotel e acabamos comemos uma massa muito boa numa cantina do "Parque da 93". Hoje caminhamos bastante!


Dia 25 de julho, terça - último dia de Bogotá

Levamos para o café da manhã as frutas que havíamos comprado no mercado. A curua, que parece um maracujá, mas é pequena e por fora é roxa, e o mangostino, que é também escuro por fora, bem redondinho, de casca grossa e por dentro tem 4 ou 5 grandes alvéolos brancos, doces e macios (algo como na fruta do conde, mas um pouquinho mais ácido). Depois de fecharmos a conta no Hotel Bogotá Virrey, seguimos com o sr Henri, motorista particular. Quando ele chegou no hotel, de traje preto, camisa listrada de gola e punhos brancos, sapato impecável, lenço e gravata rosa, achamos que não estávamos a sua altura. Combinamos de deixar nossa mala e mochila maior em um hotel da mesma rede. Henri nos contou sobre a história da Colômbia e da independência que foi planejada em Zipaquirá, povoado ao qual estávamos nos dirigindo. A independência foi declarada em 20 de julho de 1810, pelo aclamado libertador Simon Bolívar, em Bogotá. Em direção ao norte, passamos pela cidade de Chia, vendo muita plantação de flores, especialmente rosas, tudo muito verde, também muita produção de leite.Há 80 variedades de batatas na Colômbia. Fica em Chia o original restaurante / bar / casa de shows Andrés Carne de Rés, que traz muita gente até este local, especialmente para o restaurante. Construções em tijolos à vista, condomínios com casa muito bonitas, elegantes, bons terrenos. A Colômbia está numa ótima fase de desenvolvimento. Na época do narcotráfico o turismo estrangeiro representava 2%, atualmente, está em 98%. Há 2 anos atrás praticamente não vinham brasileiros para cá. O aumento da segurança é que permitiu esta inversão total nos índices de turismo. Chegando ao povoado de Zipaquirá passamos por restaurantes típicos muito parecidos com nossas churrascarias, de espeto no chão. Compramos os tíquetes a 50.000 pesos por pessoa e entramos na mina, com a companhia de uma guia local, que fornecia todas as informações a respeito da própria região, da mina e, especificamente, sua Catedral de Sal, impressionante atração turística que é, atualmente, uma das maravilhas do mundo. A primeira da Colômbia. À medida que se desce os 180 m, por largos e escuros túneis, se conhece a via crúcis estilizada, cada parada com diferentes detalhes esculpidos no sal. A catedral em si, com sua imponente cruz de 16 metros de altura ao fundo e de um teto super alto, tem um jogo de luzes coloridas que mudam o ambiente lentamente. Além de sabermos sobre a extração de sal, suas técnicas e como esta mina foi escavada em cada época, inicialmente explorada artesanalmente pelos povos originários, os muíscas, que o usavam como moeda de troca por outros produtos. Faz parte da visita uma sessão de filme 3D com esta história e um show de som e luzes de led muito bacana. Ainda dentro da mina, visitamos uma exposição que conta sobre a esmeralda, sua extração e todo o processo, além de ter lojinhas na saída que vendem pedras certificadas. Foi bom termos ido cedo, na saída, às 11h40, vimos muitos grupos grandes de turistas chegando. Henri nos levou a um passeio pelo povoado, a linda praça central de Zipaquirá com sua catedral, prédios com balcões de madeira e muitas casas pintadas de branco, aberturas em azul e café, cores que são características locais. O sr. Henri foi excelente: atencioso, educado, falante na medida certa, trouxe muitas informações e valeu a pena em termos de preço, já que nos economizou tempo. A outra forma de ir a Zipaquirá, seria de ônibus. Ele nos deixou no centro de Bogotá, na região histórica, em um hotel da mesma rede em que estávamos hospedados anteriormente, para deixarmos as malas enquanto visitávamos o que ainda não tínhamos visto da cidade. Nesta região central estão também os museus que visitamos ontem e onde queríamos explorar mais coisas já que havia mais um turno disponível. Caminhando pela Septima Carrera entramos em um mercado de artesanato, compramos café e doce de leite (aqui chamado arequipe) com café. Resolvemos almoçar no restaurante mais antigo de Bogotá, que completou 200 anos no ano passado. O El Puerta Falsa tem um cardápio reduzido a base de ovos mexidos e lanches, o único prato maior foi o que escolhemos, o típico ajiaco, que é um creme de 3 tipos de batatas com uma espiga de milho e frango desfiado, acompanha arroz e abacate. Trazem alcaparras e creme de leite para botar junto na sopa. O lugar é muito pequeno e bastante frequentado, conseguimos lugar apenas no balcão. Enquanto comíamos, sentimos falta da câmera Gopro do Artur, que voltou para o hotel a fim de procurá-la, mas não a achou. Ligamos para o hotel em que dormimos para perguntar se não a haviam encontrado, mas a resposta foi negativa. Ainda encontramos tempo para visitar o Museu de Bogotá, uma casa colonial não muito grande que abrigava uma coleção de fotos do séc. XVII de toda Colômbia. Muito preocupados com a situação da Gopro perdida, o Ricardo e a Débora foram para o hotel onde estavam as malas para ajudar a procurá-la, mas não rolou. Não satisfeitos com a situação, voltamos ao hotel em que nos hospedamos na zona rosa para dar uma olhada com nossos próprios olhos e ver se não achávamos. Chegando lá o recepcionista logo nos reconheceu e entregou a câmera que as camareiras tinham colocado no lixo (sim)! Apesar do taxi ser barato por aqui, hoje abusamos! Foi muita viagem: do centro até a zona rosa e de lá ao aeroporto, foram quase duas horas.